"There are two major political parties in America, but there are at least three major political tendencies. The first is orthodox liberalism, a belief in using government to maximize equality. The second is free-market conservatism, the belief in limiting government to maximize freedom."
But there is a third tendency, which floats between. It is for using limited but energetic government to enhance social mobility. This tendency began with Alexander Hamilton, who created a vibrant national economy so more people could rise and succeed. It matured with Abraham Lincoln and the Civil War Republicans, who created the Land Grant College Act and the Homestead Act to give people the tools to pursue their ambitions. It continued with Theodore Roosevelt, who busted the trusts to give more Americans a square deal.
Members of this tradition have one foot in the conservatism of Edmund Burke. They understand how little we know or can know and how much we should rely on tradition, prudence and habit. They have an awareness of sin, of the importance of traditional virtues and stable institutions. They understand that we are not free-floating individuals but are embedded in thick social organisms.
But members of this tradition also have a foot in the landscape of America, and share its optimism and its Lincolnian faith in personal transformation. Hamilton didn’t seek wealth for its own sake, but as a way to enhance the country’s greatness and serve the unique cause America represents in the world.
Members of this tradition are Americanized Burkeans, or to put it another way, progressive conservatives.
This tendency thrived in American life for a century and a half, but it went into hibernation during the 20th century because it sat crossways to that era’s great debate — the one between socialism and its enemies. But many of us hoped this Hamilton-to-Bull Moose tradition would be reborn in John McCain’s campaign.
McCain shares the progressive conservative instinct. He has shown his sympathy with the striving immigrant and his disgust with the colluding corporatist. He has an untiring reform impulse and a devotion to national service and American exceptionalism.
His campaign seemed the perfect vehicle to explain how this old approach applied to a new century with new problems — a century with widening inequality, declining human capital, a fraying social contract, rising entitlement debt, corporate authoritarian regimes abroad and soft corporatist collusion at home.
In modernizing this old tradition, some of us hoped McCain would take sides in the debate now dividing the G.O.P. Some Republicans believe the G.O.P. went astray by abandoning its tax-cutting, anti-government principles. They want a return to Reagan (or at least the Reagan of their imaginations). But others want to modernize and widen the party and adapt it to new challenges. Some of us hoped that by reforming his party, which has grown so unpopular, McCain could prove that he could reform the country.
But McCain never took sides in this debate and never articulated a governing philosophy, Hamiltonian or any other. In Sunday’s issue of The Times Magazine, Robert Draper describes the shifts in tactics that consumed the McCain campaign. The tactics varied promiscuously, but they were all about how to present McCain, not about how to describe the state of country or the needs of the voter. It was all biography, which was necessary, but it did not clearly point to a new direction for the party or the country.
The Hamiltonian-Bull Moose tendency is the great, moderate strain in American politics. In some sense this whole campaign was a contest to see which party could reach out from its base and occupy that centrist ground. The Democratic Party did that. Senior Democrats like Robert Rubin, Larry Summers and Jason Furman actually created something called The Hamilton Project to lay out a Hamiltonian approach for our day.
McCain and Republicans stayed within their lines. There was a lot of talk about earmarks. There was a good health care plan that was never fully explained. And there was Sarah Palin, who represents the old resentments and the narrow appeal of conventional Republicanism.
As a result, Democrats now control the middle. Self-declared moderates now favor Obama by 59 to 30, according to the New York Times/CBS News poll. Suburban voters favor Obama 50 to 39. Voters over all give him a 21 point lead when it comes to better handling the economy and a 14 point lead on tax policy, according to the Wall Street Journal/NBC News poll.
McCain would be an outstanding president. In government, he has almost always had an instinct for the right cause. He has become an experienced legislative craftsman. He is stalwart against the country’s foes and cooperative with its friends. But he never escaped the straightjacket of a party that is ailing and a conservatism that is behind the times. And that’s what makes the final weeks of this campaign so unspeakably sad.
Sunday, October 26, 2008
Saturday, October 18, 2008
Sistema financeiro: por que salvar; como não regular by Mailson da Nóbrega

"Mesmo que a nova regulação elimine as falhas que
contribuíram para a atual situação, o que é desejável,
dentro de alguns anos haverá uma nova crise. Isso
porque os reguladores não conseguem acompanhar
as inovações e a criatividade do mercado nem
detectar todos os seus riscos"
Três afirmações podem ser feitas em meio à atual crise. Primeira, governos responsáveis não permitem o colapso do sistema financeiro, como se viu na recente ação coordenada dos países ricos para capitalizar seus bancos. Segunda, as hipotecas subprime não serão a causa da próxima crise financeira. Terceira, a regulação será revista e melhorada, mas não parece exeqüível criar uma "autoridade monetária internacional".
A crise mostrou a dificuldade de entender o sistema financeiro. Não é de hoje. Há tempos os banqueiros são vistos com suspeita e antipatia. Na Idade Média, os pensadores escolásticos e a Igreja Católica condenavam os juros. Nas obras de Shakespeare e Émile Zola, os banqueiros ocupam um plano bem inferior ao das prostitutas.
Os bancos não emprestam o seu dinheiro, mas o dos outros. Captam os recursos dos poupadores e os repassam aos que deles precisam. Ganham a diferença entre essas duas operações (o spread) e comissões por outros serviços. São intermediários financeiros. Ao contrário do senso comum, os bancos preferem que o Banco Central possa manter os juros baixos, pois isso reduz o risco de inadimplência. Melhor para eles é um ambiente institucional que diminua os riscos. Isso aumenta a pontualidade e faz cair o spread.
Oito séculos depois que o atual sistema financeiro começou a tomar forma nas cidades-estado italianas, a atividade ainda é vista como parasitária. As operações e os lucros estariam desconectados da economia real. Na crise, essa percepção equivocada se acentuou. Políticos aqui e lá fora conseguiram juntar ignorância e demagogia.
Surpreendeu o grau de desinformação nos Estados Unidos. Os americanos exigiram punição severa para Wall Street. O governo deveria deixar os bancos quebrar. Apenas 30% eram favoráveis à aprovação do pacote de 700 bilhões de dólares, cujo objetivo era evitar o colapso do sistema.
A revolta tinha seus motivos. Muitos perderam as residências hipotecadas. Outros não se conformavam com os polpudos salários e bônus nos bancos que contribuíram para a crise. Na rejeição inicial do pacote, metade dos democratas e republicanos da Califórnia votou contra, com um olho nas urnas. Não era para menos. O preço dos imóveis naquele estado caiu 40% em um ano.
Mesmo diante da impopularidade do pacote, os dois senadores que disputam a Presidência da República compareceram para votar a favor e assim convencer os seus pares da necessidade de aprovação. Nenhum deles gostaria de administrar os escombros da implosão da economia real. Ambos sabem que não há capitalismo nem prosperidade sem sistema financeiro.
O sistema capitalista contemporâneo começou a surgir na Europa Ocidental no século XVII na esteira de dois grandes acontecimentos: (1) os avanços institucionais que aboliram o arbítrio dos reis, asseguraram direitos de propriedade e lançaram as bases das finanças modernas; (2) a derrubada de certos dogmas da Igreja Católica, o que permitiu o desenvolvimento da ciência e deu status moral à atividade de emprestar dinheiro.
Até o advento dessa revolução, a economia européia precisara de quinze séculos para quadruplicar. Em 1820, o capitalismo havia gerado o mesmo desempenho em apenas 320 anos. Daí até o fim do século XX, 180 anos depois, o PIB europeu multiplicou-se por 47. Nesses 500 anos, a economia americana se expandiu 634 vezes. Nos tempos atuais, a economia chinesa tem dobrado a cada seis ou sete anos.
Uma das principais contribuições para esses resultados e para os correspondentes ganhos de bem-estar foi a do sistema financeiro. Dele dependeram a Revolução Industrial iniciada no século XVIII e o novo impulso à economia no fim do século XIX, derivado das inovações que fizeram nascer o crédito ao consumo e ampliaram as fontes de financiamento do investimento e do progresso tecnológico.
Estudos recentes mostram que os países detentores de bons sistemas financeiros tendem a crescer mais rapidamente. O processo se intensifica quando se dispõe de adequados mercados de capitais e de grandes bancos privados. Criam-se incentivos à elevação da taxa de poupança e os recursos são mais bem alocados. A produtividade aumenta, acelerando o ritmo do crescimento.
Além do crédito, os bancos provêem o sistema de pagamentos, pelo qual se asseguram o uso de cartões de crédito, as transferências bancárias, os saques em dinheiro e a miríade de atividades relativas a pagar salários, adquirir matérias-primas, quitar impostos, fazer compras, viajar, cuidar da saúde e por aí afora.
Na Idade Média, os bancos quebravam quando os reis não pagavam os empréstimos para financiar guerras. A atividade econômica sofria pouco. Hoje, uma quebra generalizada de bancos pode vir de uma crise de confiança que os torne insolventes. A ausência de crédito e o colapso do sistema de pagamentos levariam a economia à depressão, com catastróficos efeitos econômicos, sociais e políticos.
Para conter esse risco, os governos usam todos os instrumentos, inclusive a estatização dos bancos ou a injeção de recursos públicos para capitalizá-los, como agora. Ao contrário do que comemora a esquerda, não se está diante de uma guinada ideológica, mas da necessidade de enfrentar uma realidade inescapável. As ações dos bancos reverterão ao setor privado tão logo se domine a crise.
Tem-se atribuído grande parte da crise à desregulação dos mercados. Ocorre que as hipotecas subprime – o seu epicentro – se expandiram depois que o Congresso americano criou regras para induzir as semi-estatais Fannie Mae e Freddie Mac a atuar em favor da população de menor renda. O mercado de subprime explodiu a partir de 2004, quando as duas empresas passaram a comprar montanhas dessas operações.
No outro extremo, faltou regulação para o mercado de derivativos. A falha teria decorrido da resistência de Alan Greenspan, então presidente do Federal Reserve. Para ele, a regulação prejudicaria o uso de um bom instrumento para distribuir os riscos do sistema. A auto-regulação resolveria. Assim, os derivativos saltaram de US$ 75 trilhões em 1997 para US$ 600 trilhões em 2007 (de 2,5 para onze vezes o PIB mundial).
É certo que a regulação será revista, incluindo a modernização do confuso aparato regulatório americano e a criação de câmaras de compensação para os derivativos. Uma boa regulação aumentará a transparência, manterá a capacidade de inovação dos bancos e preservará sua contribuição ao aumento da produtividade e ao desenvolvimento. Não se pode regular pensando apenas em controles. Isso tornaria o sistema menos arriscado, mas a economia cresceria menos.
Felizmente, haverá tempo para refletir sobre o assunto. Dificilmente haverá açodamento na feitura da nova regulação. Exageros poderão ser evitados. As autoridades americanas deverão exercer influência decisiva na definição das novas regras. Diferentemente do que se tem dito nestes dias, os Estados Unidos ainda serão hegemônicos por muitas décadas.
O governo brasileiro defende a criação de uma "autoridade monetária internacional". Por aí, burocratas baseados em um determinado país ditariam regras para bancos do mundo inteiro, do Iraque às nações ricas. É uma idéia sem futuro. A União Européia discute o estabelecimento de uma Comissão Bancária regional, que dificilmente teria o status supranacional do Banco Central Europeu. Os bancos centrais dos países-membros seriam mantidos com a tarefa operacional de supervisionar os bancos locais.
Mesmo que a nova regulação elimine as falhas que contribuíram para a atual situação, o que é desejável, dentro de alguns anos haverá uma nova crise. Isso porque os reguladores não conseguem acompanhar as inovações e a criatividade do mercado nem detectar todos os seus riscos. Explicação: os bancos têm maior capacidade de recrutar talentos e de melhor remunerá-los do que os governos.
Como aconteceu em outras oportunidades, o sistema financeiro se fortalecerá. As crises costumam gerar mudanças institucionais que melhoram o seu funcionamento. Esta não é, pois, a crise terminal do capitalismo, que Marx previu (e errou) há mais de um século, nem o ressurgimento do intervencionismo estatal de outros tempos. Nos países em que a re-regulação for bem feita, os bancos aumentarão sua contribuição para a geração de riqueza e bem-estar.
Sunday, October 12, 2008
Saturday, October 11, 2008
Monetary History of the United States by Milton Friedman and Anna Schwartz
The detailed story of every banking crisis in our history shows how much depends on the presence of one or more outstanding individuals willing to assume responsibility and leadership….Economic collapse often has the characteristics of a cumulative process. Let it go beyond a certain point, and it will tend to gain strength from its own development…. Because no great strength would be required to hold back the rock that starts a landslide, it does not follow that the landslide will not be of major proportions.
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Now playing: Steve Miller Band - The Joker
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About panics and manias
Much has been written about panics and manias, much more than with the most outstretched intellect we are able to follow or conceive; but one thing is certain, that at particular times a great deal of stupid people have a great deal of stupid money…. At intervals, from causes which are not to the present purpose, the money of these people – the blind capital, as we call it, of the country – is particularly large and craving; it seeks for someone to devour it, there is a “plethora;” it finds someone, and there is “speculation;” it is devoured, and there is “panic.”
Sunday, October 05, 2008
A vã corrida atrás da história by Roberto Pompeu de Toledo

A vã corrida
atrás da história
"Identificar no crash dos bancos americanos o fim de uma era é avançar sobre o futuro com os mesmos precários instrumentos dos operadores doidivanas de Wall Street"
Uma charge na revista New Yorker de algum tempo atrás mostrava um cidadão da Roma antiga que, ao datar um documento, faz um gesto de desconsolo e se lamenta: "Esqueci de novo! Pus a.C. em vez de d.C.". Explicar a graça de uma piada é a melhor forma de desmoralizá-la, mas, vamos lá, abramos uma exceção. O romano cometia o mesmo erro, hoje tão comum, de ao emitir um cheque, no começo do ano, repetirmos a data do ano que terminou. No seu caso errara de era – em vez de "depois de Cristo", escrevera "antes de Cristo" –, e é desse fato que a charge extrai seus efeitos. Como é que o diabo do romano podia saber que já estava na era do d.C., e não do a.C.? Aliás, como é que podia saber que na remota província da Judéia, por aqueles dias, nascera de uma obscura família um bebê destinado a se tornar a figura central de uma nova religião?
A charge se desdobra de um absurdo a outro. Mesmo que o romano tivesse consciência do nascimento do bebê, dificilmente adivinharia que a religião nele inspirada viria a tornar-se tão importante que dali a três séculos se tornaria a religião oficial do Império. E mesmo que tivesse consciência disso não poderia adivinhar que, passados mais alguns séculos, o domínio da nova religião seria tal que o próprio modo de contar o tempo seria dividido entre antes e depois do nascimento de seu personagem central. O romano da charge é um portento. É capaz de sacar contra o futuro com pontaria precisa e alcance de vários séculos.
Nos últimos dias, ao comentarem o crash do sistema financeiro americano, muitas foram as pessoas – e entre elas reputados especialistas em suas áreas – que anunciaram o fim de uma era. Seria o fim do liberalismo, do neoliberalismo, do capitalismo, de um certo capitalismo, da hegemonia americana, de um modo de vida, de um modo de encarar o mundo, talvez mesmo o fim do mundo – escolha-se o fim do que se quiser, mas que seria o fim muito grave e sério de alguma coisa, seria. Algumas pessoas anunciavam o fim de uma era por ideologia; elas não gostam do neoliberalismo, do capitalismo e da hegemonia americana, e prevêem seus fins por coincidir com seu desejo.
Outras – e estas são mais interessantes – o fazem pelo irresistível impulso de avançar o sinal da história. A sensação é muito boa. Equivale a nada menos do que subjugar o tempo, e tê-lo aos pés como a um gatinho manso. Vive-se a emocionante experiência de ver a história brotar do solo. É como se o turco que invadiu Constantinopla pudesse ter gritado aos companheiros naquele cruel ano de 1453: "Vamos logo, que estamos inaugurando a era moderna!". Ou como se o transeunte que passou pela Rua Saint-Antoine, em Paris, no dia 14 de julho de 1789, e viu a turbamulta atacar a Bastilha, pudesse ter comentado com a mulher, ao voltar para casa: "Sabe o que eu vi hoje, querida? O início da era contemporânea". Antecipar um marco histórico nos faz tão poderosos, no saque contra o futuro, quanto o romano da charge.
A isso se acrescenta o prazer de desafiar a monotonia do tempo. Todo dia é a mesma coisa: amanhece, entardece, anoitece. Vai-se ao trabalho, à noite vê-se televisão, dorme-se. Mas espera que aí vem bomba! Nada mais será como antes! Em sete anos, esta é a segunda vez que assistimos a uma chuva de profecias de uma nova era. A anterior foi no 11 de setembro de 2001. Nada também seria como antes. O que concretamente mudou foi que em Nova York não existem mais dois vistosos prédios. A guerra que se seguiu, contra o Iraque, foi uma prova de que tudo continuou tão igual que os Estados Unidos foram capazes de cometer o mesmo erro do Vietnã, envolvendo-se num conflito sem sentido e sem saída.
O problema é que a história é tão exasperadamente lenta em manifestar-se que só se percebem seus movimentos décadas ou séculos depois. Na vida real, é mais aceitável o transeunte da Rua Saint-Antoine ter comentado com a mulher que aquele dia 14 de julho não teve nada de mais, só um incidentezinho na Bastilha. Querer flagrar a história no próprio instante em que está dando o pinote é vão. Aliás, não existem pinotes. O que existem são convenções futuras em que se fincam os marcos das transições. Profetizar o fim de uma era é avançar sobre o futuro com os mesmos precários instrumentos dos operadores doidivanas de Wall Street.
Capitalism vs. Socialism In a Single Picture
Capitalism vs. Socialism In a Single Picture
North Korea vs. South Korea at night. (HT: OBloodyHell)
According to the CIA World Factbook, 2007 GDP per capita (PPP) was $25,000 in S. Korea vs. $1,700 in N. Korea.
In "Why Socialism Failed," I concluded that "The main difference between capitalism and socialism is this: Capitalism works."
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